segunda-feira, 8 de outubro de 2007

MEMÓRIA DESCRITIVA DE UM PROJECTO DE ITED





PROJECTO DE INFRA-ESTRUTURAS DE TELECOMUNICAÇÕES EM EDIFICIOS






MEMÓRIA DESCRITIVA








1. Generalidades

O Presente Projecto refere-se ás seguintes Infra-estruturas de Telecomunicações a executar no edifício a construir no local seguinte:

Localidade: ___________________
Conselho: ____________________



O presente projecto de Infra-estruturas de Telecomunicações foi elaborado por

___________
Projectista de ITED com o Nº__________,_________– _________
Concelho de _____________
Telm: _________________


2. Concepção geral das Infra-estrutura
A estrutura do projecto foi elaborada em conformidade com o DL nº 59/2000
de 19 de Abril, e a presente memória descritiva obedece aos critérios do Artº12 do mesmo DL. O presente documento contempla por isso as infra-estruturas de Telecomunicações. Estas infra-estruturas de Telecomunicações destinam-se a uma estabelecimento comercial.
A instalação da moradia será constituída por 4 pontos terminais de ligação nos locais indicados na peça desenhada. Estes pontos terminais destinam-se á ligação de voz e, dados e sinais de CATV.

A rede individual de distribuição garante os critérios seguintes:
1 Distribuição de Sinais de tipo A e B
2 Acesso a sistemas de SMATV
3 Garantir uma boa recepção e Transição.
4 Facilidade de evolução ou transformação
5 Evitar a exposição a acções mecânicas, magnéticas e preservação da estética


3. Classificação do Local

3.a. Quanto à Utilização

Comercio
3.b. Quanto ao Ambiente
AA4, AB4 e AD1
4. Níveis de qualidade

Tendo em conta os requisitos resultantes do disposto no DL 59/2000, nomeadamente o artigo 4º, quanto aos níveis de qualidade (NQ) das Infra-estruturas de Telecomunicações, o Mínimo a instalar para o edifício a que se destina o projecto será:

NQ1b (pares de cobre de categoria 5)
NQ2b (Cablagem Coaxial à frequência de trabalho até 2150MHz)

Os dispositivos e equipamentos usados no NQ1b, a cablagem utilizada na rede individual de cabos, deverão ser de categoria 5, ou superior.
No NQ2b todos os materiais, dispositivos e equipamentos usados, deverão ter características de acordo com as características indicadas para os cabos coaxiais deste nível, de modo a garantir-se o cumprimento dos requisitos indicados nas ITED, de acordo com a EN50173-1 ou outras normas equivalentes.

5. Entrada da Rede Pública

Após levantamento na área do edifício supracitado, foi definido que a Entrada de Cabos deverá ser constituída por uma entrada subterrânea (Es) interligada com as caixas de visita dos operadores públicos de telecomunicações, por acordo de todas as partes interessadas, e uma entrada aérea (Ea).

As condutas para as respectivas entradas deverão ter os diâmetros indicados nas peças desenhadas e serem do tipo (PVC) devidamente certificados.
Deverão ser respeitada a profundidade mínima para as condutas de entrada, evitando a penetração de humidades na caixa de Entrada e á profundidade mínima de 600mm do nível do solo.



Será colocada uma caixa de entrada de cabos (ATE) e deverá estar localizada numa zona acessível aos operadores públicos de telecomunicações, no limite da propriedade como o desenhado nas peças. Contém no seu interior os dispositivos necessários de interligação entre as redes públicas de telecomunicações (RD) e a rede de cabos do edifício (RCE).



6. Espaços

ATI


O ATI (Armário de Telecomunicações Individual) destinado á colocação de Dispositivos (passivos e activos) instalado dentro da fracção individual, permite a interligação dos cabos (pares de cobre e cabos coaxiais) provenientes do ATE á restante rede individual.
O ATI, deve satisfazer as seguintes características e requisitos técnicos mínimos:

1 As caixas têm de ser não metálicas (exemplo: plástico). Poderão no entanto conter partes metálicas, como por exemplo reforços de estrutura ou painéis para fixação de tomadas e dispositivos.
2 Protecção contra impactos mecânicos com uma energia de 0,2 joule.
3 Resistentes à propagação da chama;
4 Identificadas com a palavra “telecomunicações”, marcada de forma indelével na face exterior da porta.
5 As dimensões interiores mínimas do ATI, são (200x3000x100), onde a largura poderá ser trocada pela altura, permitindo o melhor posicionamento do armário:
6 Terá no seu interior um mini Bastidor adaptado ao nº de tomadas PC, 2 TC e uma tomada de corrente 230V 16A AC 50 a 60Hz com terra.
7 O ATI é obrigatoriamente constituído por 2 zonas distintas, uma acessível ao cliente permitindo a troca dos pachcords e outra de acesso restrito aos técnicos de ITED.

Do ATI sai um tubo, com o diâmetro mínimo de 20mm a uma caixa de aparelhagem do tipo I1, permitindo a ligação de equipamentos activos de cliente que não possam estar no interior do ATI, nomeadamente uma WLAN (Wireless Local Area Network).


7. Rede de Tubagens
7. a . Tubos
Toda a rede de tubagens , será executada em tubo do tipo (PVC), devidamente certificado e normalizado, com os diâmetros indicados no respectivo esquema da rede de Tubagens.


No ATE irá entrar a entrada subterrânea (Es) com 3 tubos de diâmetro 63 e desta ao ATI 2 tubos, de diâmetro 40. No ATI irá entrar as PAT com 2 tubos de diâmetro 40.

Do ATI para as tomadas de equipamentos terminais irão sair tubos de diâmetro 20 mm como mínimo.

O diâmetro representado nas peças desenhadas e o diâmetro comercial.
Toda a rede de tubos será representada nas peças desenhadas

7. b . Caixas

Para alojar os dispositivos de transição entre a rede pública de Telecomunicações e a rede individual de cabos, deverá ser instalada uma caixa de ligação de cabos ATE e ATI.
As caixas a utilizar na rede individual são do tipo I1 e I2.
8. Rede de Cabos do edifício (RCc)

Em conformidade com as ITED em vigor farão parte desta rede todos os cabos, equipamentos activos e passivos correspondentes às duas tecnologias.

A rede de pares de cobre, será executada com cabos da categoria 5 ou do tipo UTP ou superior ( STP, FTP), cuja capacidade em pares é de 4/ está indicada no esquema rede de cabos.

Os cabos coaxiais a utilizar nas redes de cabos coaxial, deverão ter as seguintes características Mínimas:
• Flexíveis;
• Impedância característica de 75Ω;
• Cobertura da malha de blindagem não inferior a 70% da superfície do dieléctrico;
• Frequências de trabalho até 2150 MHz adequado à distribuição dos sinais do NQ 2b.
Poderão ser utilizados cabos RG 59, RG6, RG7, RG11 tal como estão representados nos esquemas de cabos coaxiais.

As redes de cabos dos sistemas de uso exclusivo do edifício, nomeadamente os sistemas de portaria, vídeo-portaria e televigilância, utilizam uma rede de tubagem específica, embora se permita a interligação com as redes das ITED, esta interligação será da responsabilidade das entidades responsáveis por estes sistemas.

A distribuição será em estrela, partindo do ATI até às tomadas terminais do tipo TV/Sat. Os níveis de sinal à entrada da cabeça de rede dos cabos coaxiais são de 75dBµV para a frequência 85MHz de 80dBµV para a frequência de 2150MHz.

. Tomadas

Em conformidade com as normas aplicáveis, estas serão do tipo RJ 45 (8 pinos), coaxial (TV/SAT) e tomadas mistas ou de espelho comum (dada a existência de diferentes tecnologias de cabos a partilhar a mesma rede individual de tubagens), instaladas em caixas do tipo I1 embebidas na parede a uma altura mínima de 300mm do chão acabado.
Serão instaladas as tomadas e cabos que constam na peça desenhada e nos locais indicados.

. Derivadores e repartidores, receptores e amplificadores

Na escolha destes equipamentos deverão ser essencialmente escolhidos em função dês seguintes características:
1 Largura de banda (Hz)
2 Perdas de passagem (dB)
3 Perdas de derivação (dB)
4 Perdas de Inserção (db)
5 Isolamento à corrente DC
6 Numero de derivações necessárias
7 Banda de frequências necessárias (Hz)
8 Relação Sinal Ruído (dB)
9 Compatibilidade Electromagnética
10 Factor de segurança para o utilizador
11 Ganhos (dB)
12 Consumos (W)
13 Certificados de Conformidade
14 Relação preço qualidade

.
. Antenas

As antenas e os respectivos sistemas de recepção, amplificação e outros, são parte integrante dos sistemas de cablagem para a distribuição de sinais sonoros e televisivos, dos tipos A e B, bem como FWA.
As antenas são instaladas em mastros ou torres, de forma a poderem assegurar a correcta captação dos sinais de radiodifusão sonora e televisiva. Assim, as antenas e respectivos elementos de suporte, fixação e amarração, devem obedecer aos seguintes requisitos mínimos:
1 Constituídos por materiais resistentes à corrosão, ou com a garantia de um tratamento anticorrosivo;
2 Concebidos de modo a impedir, ou dificultar, a entrada de água no interior;
3 Concebidos de forma a assegurar o escoamento de água que eventualmente penetre nos mesmos;
4 Resistentes a ventos com velocidade aproximada de:
- 130Km/h, para instalações até 20m de altura;
- 150Km/h, para instalações superiores a 20 m de altura

NOTA: A altura é medida desde a base de fixação do mastro da antena.
1 Os suportes, mastros, torres e amarrações devem ser fixados a elementos de construção resistentes e acessíveis, em locais afastados de outras estruturas de antenas ou pára-raios;
2 As antenas devem ser protegidas contra descargas atmosféricas de acordo com as ITED.

Para este edifício recomenda-se a colocação do sistema de MATV+FI da TELEVÉS, do qual se representa o esquema de ligações deste equipamento.

Na instalação de antenas devem ser tidos em conta as publicações seguintes:
• Decreto-lei nº 151-A/2000, de 20 de Julho;
• Decreto Regulamentar nº 1/92, de 18 de Fevereiro;
• Quadro Nacional de Atribuição de Frequências (publicação ICP-ANACOM);
• Publicitação de Frequências (publicação ICP-ANACOM);
• Limitações em Altura e Balizagem de Obstáculos Artificiais à Navegação Aérea;
• Outras normas ou regulamentos equivalentes desde que obedeçam aos requisitos mínimos indicados.

As antenas e equipamentos a instalar deverão garantir os níveis de sinal mínimos á cabeça de rede compreendidos entre os 75 e 100 dBmV, permitindo captar sinais de tipo B.



A escolha da antena será escolhida mediante os seguintes factores:
1 Canais pretendidos
2 Selectividade (largura de banda)
3 Ângulo de abertura
4 Ganho
5 Relação frente trás (dB)

9. Órgãos de Protecção

Deverão ser seguidas as indicações constantes das Normas Europeias aplicáveis, nomeadamente as constantes da EN 50310 e as previstas no regulamento de segurança de instalações eléctricas (RSIUEE).
O ATI será dotado de tomadas de corrente 230 VAC 50 a 60Hz com ligação á terra, será necessário a existência de um barramento de terras de protecção no lado inferior direito dos armários, para a ligação deste barramento ao Barramento Geral de terras do Edifício (BGTE) o condutor de terra de protecção será do tipo H07V - U 2.5 mm2 com as cores verde/amarelo ou verde/vermelho.
O BGTE será ligado ao eléctrodo de terra com um cabo H05 V – U 2.5mm2.

Considera-se, assim, a existência de um único eléctrodo de terra no edifício, projectado e instalado pelos responsáveis da parte eléctrica.

No caso dos mastros serem ligados á terra, estes só poderão ser ligados ao BGT se possuírem descarregadores atmosféricos caso contrário terá de ser efectuada uma ligação á terra independente da terra de protecção


10. Testes, Ensaios e Medições

Após todos os trabalhos referentes à instalação estarem terminados, esta só será dada por concluída quando tiverem sido efectuados os seguintes Ensaios, medições e Testes
Na realização de ensaios nas ITED, a entidade certificadora e o instalador deverão ter em consideração o projecto técnico e os requisitos do presente manual ITED.
A finalidade dos ensaios, é verificar as características da instalação, nomeadamente no respeitante às redes de cabos e aos sistemas de cablagem.
A entidade certificadora emite um certificado em que atesta o cumprimento das Prescrições e especificações Técnicas que constituem o presente Manual, baseado no seguinte:
1 Projecto técnico e eventual projecto de alterações;
2 Relatório de ensaios de funcionalidade do instalador;
3 Ensaios e inspecções realizadas.

Resistência de terra e de contacto (todos os NQ)
O ensaio de resistência de terra é obrigatório qualquer que seja o NQ.
Dado não existir definido um valor fixo de resistência de terra, os disjuntores diferenciais deverão estar adaptados ao valor de resistência de terra existente, de modo a que nas partes metálicas acessíveis dos equipamentos e materiais das ITED, não possa surgir uma tensão de contacto superior ao máximo regulamentado no RSIUEE.
O ensaio de resistência de terra é realizado pelo instalador e pela entidade certificadora.
10. a. Ensaios a realizar nas cablagens em par de cobre (NQ1b)

Continuidade
Com este ensaio pretende verificar-se a continuidade eléctrica dos condutores, os eventuais curto-circuitos ou circuitos abertos, pares trocados ou invertidos.

Atenuação (em dB)
A atenuação, ou perdas por inserção, pretende calcular a quantidade de energia perdida pelo sinal através da sua propagação no cabo.

NEXT (em dB)
O ensaio de NEXT (“Near End Cross Talk”), tem como objectivo detectar possíveis induções electromagnéticas entre condutores de pares diferentes. A medida é efectuada junto ao “transmissor”, onde a indução é mais elevada. Quando os valores calculados para a atenuação nas Classes D, E e F forem inferiores a 4.0 dB, o ensaio de NEXT não é necessário.

ACR (em dB)
O ensaio de ACR (“Attenuation to Crosstalk Ratio”), mede a relação atenuação/diafonia. É um bom indicador de qualidade da ligação.

Perdas por retorno (em dB)
Este ensaio permite medir a perda de potência de um sinal, devido a desadaptações de impedância.

Resistência de lacete
Este ensaio mede a resistência combinada de um par de cobre, como se ele estivesse em curto-circuito nas extremidades.

Atraso de propagação (em s)
O ensaio de atraso de propagação mede o tempo que o sinal demora a propagar-se no cabo.
Atraso diferencial (em s)
Este ensaio mede a diferença do atraso de propagação entre pares do mesmo cabo.



PSNEXT (em dB)
O ensaio de PSNEXT (“Power Sum NEXT”) é a soma dos NEXT de outros pares, que são recebidos num determinado par.

PSACR (em dB)
O ensaio de PSACR (“Power Sum ACR”) é a soma dos ACR de outros pares, que são recebidos num determinado par.

ELFEXT (em dB)
O FEXT (“Far End Cross Talk”) mede a perda de sinal (em dB), que ocorre quando um sinal gerado numa extremidade de um par de cobre é recebido numa outra extremidade de um outro par de cobre. O ensaio de ELFEXT (“Equal Level Near End Cross Talk”) mede a diferença entre o FEXT e a atenuação de um par de cobre.

PSELFEXT (em dB)
Este ensaio (“Power Sum ELFEXT”) é a soma dos FEXT menos a atenuação de um determinado par de cobre.
10.b Ensaios a realizar nas cablagens coaxiais (NQ2b)

Níveis de sinal nas tomadas de cliente (em dB ou dBµV)
Este ensaio permite verificar a qualidade e a funcionalidade do sinal nas tomadas de cliente. Consta do ensaio do nível da portadora, relações C/N (portadora/ruído), CSO (distorções de 2º grau) e CTB (distorções de 3º grau).

Atenuação (em dB)
A atenuação, ou perdas por inserção, pretende calcular a quantidade de energia perdida pelo sinal através da sua propagação no cabo coaxial.


Continuidade
Este ensaio permite verificar a continuidade eléctrica da cablagem coaxial (cabos, conectores e sistemas associados) e os eventuais curtos-circuitos ou circuitos abertos.


Isolamento
Este ensaio permite medir a resistência de isolamento entre os cabos ou entre cabos e equipamentos associados.
1 – Ensaios não obrigatórios mas possíveis de realizar, nomeadamente nas redes de MATV.
2 – Estes ensaios só se justificam se os valores encontrados para os níveis da portadora, diferirem mais ou menos 3 dBµV dos valores estabelecidos no projecto. Nesse caso deverão ser realizados os ensaios possíveis e convenientes, de forma a identificarem-se e corrigirem-se as eventuais anomalias.
Os ensaios são realizados pelo instalador e pela entidade certificadora.
10. c Valores e níveis de sinal
Ensaio dos níveis das portadoras nas tomadas de utilizador
Este ensaio consiste em alimentar as ITED, à entrada do dispositivo terminal presente na CEMU com o nível de sinal referido no projecto às frequências piloto correspondentes, o que permite a leitura, nas tomadas de cliente, dos níveis das portadoras.
Os valores encontrados neste ensaio deverão estar de acordo com:
• Os níveis previstos no projecto. Admite-se no entanto a possibilidade de existir uma diferença máxima de mais ou menos 3dBentre o medido e o projectado, não havendo necessidade de qualquer correcção.
Os níveis serão medidos às frequências piloto de 85; 750; 1000 e 2150
Os níveis das portadoras de sinal de radiodifusão sonora e televisiva, nas tomadas de utilizador terão comportar as seguintes frequências; 85 a 750MHz e 1000 A 2150 MHz

.


11.OMISSOS

Em tudo o que não seja estipulado na presente memória, plantas e demais elementos do projecto, respeitar-se-á, nas partes omissas as Prescrições e Especificações Técnicas, Normas e Regulamento em vigor.





________, __ de _______ de ______


O projectista responsável



___________________________________
(nome)